O primeiro sistema similar foi criado em 1951, por Walter Linderer, engenheiro alemão, e pelo americano John Hedrick, ambos obtiveram a patente.

Na época, o equipamento era inflado através de um compressor que era ligado pelo próprio motorista ou através do para-choque. Evidentemente ele não funcionava de forma totalmente eficiente.

Enquanto hoje o enchimento da bolsa chega a ser veloz, em menos de 1 segundo, o airbag de 1951 era muito lento e, consequentemente, não garantia a proteção do condutor.

Airbag automatizado

John W. Hetrick é o nome do idealizador do “novo” airbag que conhecemos atualmente. Engenheiro industrial da marinha, o americano foi o responsável pela criação de um sistema de airbags mais ágil e inteiramente automatizado.

O projeto apresentado por John era muito eficaz, tanto que chamou a atenção de montadoras, uma delas, a Ford, que chegou a fazer uma parceria com o engenheiro.

Infelizmente não houve muito sucesso entre os dois porque a Ford resolveu deixar a segurança de lado para investir na velocidade dos seus veículos para concorrer com a General Motors.

Vários airbags em 1963

Após 10 anos, foi a vez dos asiáticos, o destaque fica para o japonês Yasuzaburou Kobori, patenteando em 1963 múltiplas bolsas de ar para o automóvel.

O grande diferencial é que o equipamento protegia no teto, nas laterais e nos bancos traseiros. Ainda assim, havia ineficiência devido à velocidade para ativá-lo, que era baixa.

Vários airbags em 1963

Após 10 anos, foi a vez dos asiáticos, o destaque fica para o japonês Yasuzaburou Kobori, patenteando em 1963 múltiplas bolsas de ar para o automóvel.

O grande diferencial é que o equipamento protegia no teto, nas laterais e nos bancos traseiros. Ainda assim, havia ineficiência devido à velocidade para ativá-lo, que era baixa.

Airbag com sensor eletromecânico em 1967

Foi a partir de 1967 que o sistema de airbag teve seu momento de destaque. Desta vez, com o americano Allen K. Breed.

Ele foi autor do sensor eletromecânico. Allen projetou um tubo metálico com uma bola presa por um magneto, ao estar dirigindo, se houver uma desaceleração repentina, a bola metálica se conduz com muita força ativando a bolsa do airbag.

Ao invés de utilizar ar comprimido, ele gera uma carga explosiva com azida sódica, um composto químico.

Na década de 70 muitos motoristas americanos não utilizavam o cinto de segurança, algo que também é comum atualmente no Brasil. Em função disso, a criação do airbag foi pensada para substituir o cinto e não para reforçar a proteção do condutor e ocupantes.

Um dos primeiros carros a receber airbag foi o Mercedes-Benz S Class 1981.

No entanto, não só ele, Chevrolet e Ford não perderam tempo e foram trabalhando para implantar a tecnologia de segurança em seus modelos da época.

Confira como o airbag funciona, na prática

O airbag impressiona pela agilidade e competência ao salvar vidas, especialistas comprovam a redução de mortes e feridos graças ao equipamento. Feito com silicone, há diversas camadas que evita o calor diretamente com a vítima.

A validade pode variar entre 10 e 15 anos, é possível checar diretamente no manual do veículo. Outra dica é ficar sempre de olho no painel, onde indicia o momento certo de realizar a manutenção.

Veja a seguir como tudo isso funciona, na prática.

Desaceleração

O seu acionamento ocorre no momento em que há uma desaceleração brusca, fazendo com que seja ativado o dispositivo de segurança. Graças a diversos sensores elétricos de velocidade, é enviado um sinal ao ignitor do gás, responsável pela ativação do airbag.

Explosão ativando o airbag

Internamente, dentro do gerador de gás, o ignitor faz com que a substância (nitratos de amônia e guanidina) explodam de forma instantânea.

Milésimo de segundo

30 milésimos de segundo, é o tempo que leva para o enchimento do airbag, isto é, ele infla em menos de um segundo. O processo químico produz nitrogênio suficiente para inflar a bolsa. A quantidade também pode variar de 60 a 90 litros.

Rompimento do material

Empurrada pela pressão, no centro, a capa é aberta em várias partes. Feita através de um plástico diferenciado, essa capa tem cerca de 2 a 3 mm de espessura e 0,5 cm de sulcos minúsculos. Os sulcos vão garantir o rompimento do material e nenhum plástico irá atingir o ocupante.

Esvaziando a bolsa

Por fim, evitando sufocamento após o acidente, imediatamente, o airbag começa a ser esvaziado por furinhos que ficam na parte lateral ou traseira da bolsa. Pode-se notar que sua função serve apenas para absorver o impacto na hora, evitando com que a vítima seja lançada sobre as partes duras do veículo.

Será que ele funciona se o motorista estiver sem o cinto de segurança? Este é um detalhe que explicando em outra matéria, que explica se o airbag funciona apenas com o cinto de segurança acionado.

Desde 2014, todo carro fabricado no Brasil deve ter o sistema de airbag instalado, freios ABS também entra na lista. A lei foi sancionada em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva (PT).

O país já estava atrasado nessas questões.

Nos Estados Unidos, tendo como exemplo, obriga os novos carros a saírem de fábrica com o airbag desde 1999. No continente europeu,

que nem possui lei, 95% da frota saem de fábrica com o item de segurança.

O airbag que pode ferir ou matar

Um problema na fabricação do airbag pode gerar graves consequências como lesões ou morte.

Pode ocorrer também de desprender alguma peça e atingir o rosto dos ocupantes, principalmente no momento em que a bolsa é acionada. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos e na Malásia, autoridades investigam os casos. No Brasil ainda não houve registros.

Ainda há muitos casos de recall no Brasil envolvendo airbags.

Em 2016 o número de campanha das montadoras comunicando os proprietários para a realização do reparo bateu recorde, ao todo 122. No ano anterior, em 2015, foram 116 campanhas

A parcela dos que vão até a concessionária para resolver ainda é baixa. Apenas 13% dos convocados atendem aos chamados.

Se compararmos, a cada dez automóveis que saem de fábrica com defeito no airbag, 9 continuam rodando sem nenhum conserto.

Obviamente que as fabricantes precisam anunciar para seus clientes. Além de propaganda no rádio e na televisão, elas são obrigadas a enviar correspondências na residência dos clientes.

O Procon assegura que todos os motoristas devem fazer o recall sem nenhum custo adicional.

Lembre-se, ao acender a luz do dispositivo no painel do seu carro, fique atento, esse é um alerta que jamais poderá ser ignorado. Às vezes, um simples fio desconectado pode afetar todo o funcionamento do airbag. É comum isso acontecer na hora de lavar o carro, na manutenção de outro equipamento, dentre outros.

Peugeot 208 Griffe, Volkswagen Golf Comfortline, Ford EcoSport e Honda Fit estão entre os dez carros à venda no Brasil com mais airbags.



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