Todos os equipamentos mecânicos apresentam uma faixa adequada de operação e caso esta seja ultrapassada, isso não significa que sua vida útil esteja ameaçada. Alguns fabricantes de veículos indicam esse uso além do normal como “uso severo” quando aponta um período de revisão menor, geralmente a metade do tempo padrão.

Ou seja, uma revisão de “uso severo” é feita normalmente a cada 5.000 km e não aos 10.000 km como seria regular. Mas, esse esforço extra não é somente do motor, mas de todo o carro. No tocante ao motor, evidentemente um esforço extra do veículo vai exigir um algo a mais do propulsor.

Nesse caso, o motor pode estar puxando mais peso ou tendo que vencer aclives muito elevados regularmente, mas para que um motor tenha sua vida reduzida, o carro nem precisa estar em uma situação de “uso severo”, segundo os fabricantes, mas simplesmente sendo acelerado demais.

Muita gente, seja por pressa ou por simplesmente gostar de acelerar, deixa o giro do motor regularmente elevado. Esse procedimento realmente estraga sim o motor. Acontece que manter o regime do propulsor sempre elevado, exige dele uma manutenção periódica diferente, mas muitos se esquecem disso.

Ainda que seja assim, um motor que trabalha demasiado acabará sofrendo um desgaste maior ou abreviado, sendo assim obrigada a retífica do motor depois de poucos anos. Acelerar muito estraga o motor não só em altas velocidades, mantidas por muito tempo na estrada, onde geralmente o limite de velocidade é de até 120 km/h.

Não são raros os casos de flagrantes de carros rodando a 150, 160 ou mesmo 180 km/h e, acredite, muitos mantém essa velocidade por um bom período em estradas mais isoladas. Na cidade, um ambiente onde a velocidade é ainda mais limitada, em torno de 60 km/h, acelerar muito estraga o motor também.

Tem motorista que mantém sempre o giro alto, marcha reduzida e pé embaixo para sair na frente, andar sempre acima do limite e dar aquela retomada de velocidade após o radar.

Porém, também existe quem tem pouca prática ou manteve um vício que adquiriu logo que começou a dirigir, que é o de “esgoelar” o motor em marchas reduzidas, esquecendo-se de trocar de marcha ou simplesmente porque tem receio de andar em marchas mais altas, a fim de empregar velocidades maiores que o que geralmente anda.

Tem pessoas que tem medo de andar em velocidades mais altas e eventualmente isso é um perigo para o motor, pois muitas vezes esses condutores não colocam marchas adequadas para manutenção dessa velocidade. O pior é que isso é feito no dia a dia, fazendo com que, ao ir para a revisão, o motor esteja muito mais desgastado que o normal.

Acrescente-se a isso algum tempo de uso nessas condições, digamos, alguns anos. Naturalmente, o nível de desgaste de peças móveis será muito maior que o padrão estipulado pelo fabricante. No conta-giros do veículo, a faixa vermelha é um indicativo de problemas adiante se for diariamente explorada.

Outros prejuízos

A vida útil do motor não é apenas um dos problemas que eventualmente ocorrerão. Acelerar muito estraga o motor sim, mas também eleva o consumo de combustível para níveis muito mais altos que o normal. Assim, não adianta reclamar de uma média com baixo quilometro por litro, se o motor sempre opera em regime elevado.

Mas os prejuízos continuam. O consumo maior significará um custo mensal extra em combustível e também emitirá na atmosfera um nível de poluentes superior a média esperada. Fora isso, a própria revisão do motor acarretará em trocas mais regulares de lubrificante fora do período de garantia.

Entretanto, se a mesma ainda estiver ativa, há o risco do motor consumir óleo demais e acabar travando antes da revisão. Isso acontece mesmo com alguns carros, cujos donos andam de forma mais moderada. Então, imagine alguém que sempre acelera seu carro em demasia.

Andar sempre rápido ou com giro elevado, significa também exigir mais de outros componentes do carro e nem estamos falando do câmbio em si. Porém, a embreagem é outro componente que terá sua vida reduzida com regimes de trabalhos mais severos, bem como freios (pastilhas e discos) e suspensão (amortecedores, pivôs e buchas).

O próprio motor funcionando em alto regime de trabalho, contribui para reduzir a vida útil dos coxins, que são responsáveis por filtrar a vibração do motor. Conforme anda mais rápido, a necessidade de frenagem maior também exige dos pneus um esforço maior, reduzindo sua vida útil e exigindo troca com quilometragem muito mais baixa que o normal. Enfim, acelerar muito estraga o motor.



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