A Honda está se preparando para lançar uma motocicleta elétrica voltada a mercados que buscam praticidade, economia e preço acessível. Um recente registro de patente revelou que a marca japonesa está desenvolvendo um novo modelo elétrico baseado na estrutura da Shine 100 — uma moto consagrada no mercado indiano.
O projeto utiliza o mesmo chassi e pontos de fixação da Shine 100, mas substitui o motor a combustão por um conjunto elétrico compacto. A arquitetura permanece simples, com motor central e transmissão via corrente, características comuns em motocicletas urbanas.
No lugar do tradicional tanque de combustível, a moto traz dois pacotes de baterias de íons de lítio posicionados ao longo da espinha central do quadro. Essas baterias são inclinadas para frente, aproveitando o espaço original e facilitando a produção nas linhas já existentes da fabricante.
Outro destaque do projeto é o sistema de refrigeração passiva. Sem a necessidade de ventiladores ou líquidos, um canal de ar entre as baterias resfria o controlador de velocidade e os demais componentes eletrônicos. Isso reduz o consumo de energia e mantém o projeto simples e eficiente.
Embora a potência final ainda não tenha sido anunciada, a expectativa é que o desempenho fique próximo ao da Shine 100 a combustão, que oferece 7,3 cavalos (cerca de 5,5 kW) e atinge velocidade máxima de 85 km/h. O foco, portanto, não será alto desempenho, mas sim autonomia, confiabilidade e baixo custo de produção.
O design deve manter as linhas clássicas da Shine, com um "falso tanque" que pode esconder a entrada de recarga, reforçando a familiaridade visual para os consumidores. A estratégia da Honda é clara: acelerar o lançamento com uma moto acessível e fácil de produzir, utilizando uma base já testada e aprovada pelo público.
Essa nova motocicleta se somará aos esforços da Honda para eletrificar sua linha de duas rodas. A empresa já comercializa scooters elétricas como a EM1 e: e a Activa e:, mas esta nova proposta é mais ousada — a de se tornar a primeira moto elétrica popular produzida por um grande fabricante global.
Sem data de lançamento oficial, especialistas acreditam que o modelo poderá chegar ao mercado custando menos de US$ 5 mil (cerca de R$ 25 mil), o que o tornaria extremamente competitivo frente às opções atuais, geralmente mais caras.
Caso chegue à produção em larga escala, a moto pode representar um marco no segmento de veículos elétricos acessíveis, colocando a mobilidade elétrica sobre duas rodas ao alcance de milhões de pessoas ao redor do mundo.






