Na Porsche, o SUV que já foi considerado “fora da curva” virou a principal engrenagem da marca. O Macan acaba de alcançar a impressionante marca de 1 milhão de unidades produzidas, em apenas 12 anos de mercado — um feito que o icônico 911 levou mais de cinco décadas para atingir.
O exemplar número 1.000.000 foi um Macan 4 Electric, pintado em azul fosco, entregue recentemente a um cliente na Alemanha.
Lançado em 2013 e produzido em Leipzig, o Macan rapidamente conquistou o mercado global. Em muitos momentos, chegou a superar o Cayenne — SUV maior e até então o líder de vendas da montadora — e se firmou como o Porsche mais vendido da era moderna.
Com dimensões compactas e apelo de luxo, o Macan caiu nas graças de quem buscava uma “porta de entrada” mais acessível ao mundo Porsche. Hoje, é a principal fonte de receita da marca alemã, que antes era conhecida exclusivamente por seus cupês esportivos.
Mesmo com o sucesso, a história do Macan segue em evolução. Em 2024, a Porsche lançou a versão 100% elétrica do modelo, com o objetivo de substituir gradualmente a linha a combustão. No entanto, a transição não foi imediata: a procura por elétricos decepcionou em mercados estratégicos, e o Macan a gasolina seguiu firme, especialmente nos Estados Unidos, onde ainda é produzido com base no projeto original de 2014 — com leves atualizações estéticas.
Ainda assim, a virada parece estar em curso. No primeiro semestre de 2025, o Macan Electric superou as vendas da versão tradicional: foram 25.884 unidades elétricas contra cerca de 19.250 a combustão, num total de 45.137 SUVs vendidos no mundo.
De símbolo controverso a campeão de vendas, o Macan mostrou que o DNA da Porsche pode, sim, pulsar forte sob a carroceria de um SUV. E agora, cada vez mais, com energia elétrica.






